terça-feira, 3 de setembro de 2013

Nos negócios, o retrovisor é sempre mais claro que o pára-brisas...

Essa citação do mega investidor Warren Buffett pode nos fazer crer que é melhor apegar-se ao passado, já que o futuro "não é muito claro"...

Com certeza não foi essa a intenção dele ao fazer essa citação.

Estamos presenciando uma mudança no paradigma econômico para os anos à frente, e convém ficarmos atentos ao que está acontecendo na economia norte americana.

Desde a crise de 2008 quando muitos perderam seus empregos, suas economias e suas casas,
o presidente do Banco Central Americano, Ben Bernanke reagiu rapidamente para conter os efeitos da crise : Imprimiu muita moeda, expandiu a base monetária, injetou recursos no sistema financeiro e comprou ativos financeiros importantes.

Embora muitos apostassem na repetição da grande depressão de 1929, o que se viu em seguida foi uma inflação controlada, juros extremamente baixos o que ajudou as famílias americanas e a redução significativa do colapso de investimentos.

A liquidez invadiu o resto do mundo em busca de retorno. O capital mundial viajou e foi buscar guarida nos mercados emergentes, beneficiando o Brasil pelo financiamento de contas externas e o fortalecimento do real.

Cinco anos se passaram, a economia americana está mais sólida, o desemprego está caindo e o mercado imobiliário está se recuperando.

A pouco meses de deixar o cargo, Bernanke dá sinais claros que irá parar de comprar ativos e emitir moeda.

A reação dos mercados tem sido a precificação mais elevada dos juros americanos e como consequência, o capital que havia viajado o mundo começa a voltar. Os países emergentes deixam assim de ser um "destino necessário" para serem considerados apenas "mais um local de risco".

Não é só o real que está apanhando do dólar, também os pesos chilenos, mexicanos e colombianos, assim como as moedas dos tigres asiáticos.

Devagarinho, os mercados financeiros vão diferenciar aqueles que seguem boas políticas econômicas dos que são em essência "populistas". 

Aos poucos veremos pelas reações do governo brasileiro, se é o Dólar que ficou forte ou se o Real que ficou fraco. Se o fluxo de capital estrangeiro vai permanecer aqui ou vai embora em busca de mercados mais confiáveis.

Se eu fosse você, prestaria bastante atenção ao pára-brisas, afinal, o que pode nos afetar realmente, é o que está à nossa frente... 


3 comentários:

  1. Perfeito! Só quero saber, como vão recomprar parte da dívida deles, que estão com os chineses! Algo em torno de , 30 % !!!

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  2. Fui olhar o montante da dívida,,,para os chineses, devem 1,14 tri dólares e para os japoneses, 1,11 tri dólares....tá fácil não!

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  3. Tem mais quase 1 tri pros Emirados árabes, mas é como uma dívida entre família.... não se espera o pagamento. :)

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